Filme “O Chamado 3” e a curiosidade suicida


Filme “O Chamado 3” e a curiosidade suicida







Resultado de imagem para O Chamado 3









Fui ver algo no centro da cidade sobre umas contas para pagar. Nesse trajeto, encontrei uma eletrônica que possuía algumas coisas antigas para vender. Dentre elas, havia um velho aparelho de videocassete, um player de VHS, e me interessei em experimentar a experiência de ver um filme em antigo formato, não digital. Assim paguei uns 50 pila e e levei o aparelho, grande, que mal cabia de baixo do braço, para casa. Ao ligar o aparelho, este não funcionou de primeira, necessitando um antigo cabo RCA e minha TV já não tem a entrada. Decidi procurar uma TV antiga de tubo, e a achei no porão escuro de casa. Consegui assim ligar e descobri que havia uma fita dentro, sem nenhuma inscrição. Achei o botão eject e tirei a fita. Era preta e sem nenhuma identificação. Fiquei curioso e coloquei a fita, que de começo apenas apresentou chuviscos e uma imagem borrada, mas em certo momento um filem antigo: uma mulher se olhava no espelho, depois pareceu um poço, uma escada caindo, insetos, um farol e outras imagens desconexas, e uma mulher se suicidando em um precipício, caindo. O filme acabou rapidamente e tocou o telefone. Ao atender, ouvi uma voz rouca de mulher me dizer: 7 dias...


Resultado de imagem para O Chamado 3





“O Chamado 3” restaura, após 12 anos, uma franquia de suspense psicológico, de origem japonesa, a que já comentei em meu livro “Filmes e Filosofia”. Apesar de se dizer em extras que o filme primeiro é de 2002, na verdade havia um filme japonês antes, Ring, e assim apresentava a mesma história, apenas com final mais light, mas com o mesmo drama ou suspense envolvendo Samara, espécie de menina paranormal a que todos temiam em uma pequena cidade. No filme japonês a questão é uma lenda urbana, onde jovens comentam mortes estranhas de adolescentes que morreram com a cara estranha. No filme japonês um casal procura o poço e o encontra, mas sem grande dano. Já nos filmes americanos, “O chamado” e “O chamado 2”, não acaba bem para os namorados da jornalista. Sempre há casais e morre alguém. O filme mostra um terror psicológico que já não está tão fácil de se encontrar, e por isso em O Chamado 3, voltamos a história da fita amaldiçoada por Samara, e de acontecimentos de sua vida, sobrenaturalmente inseridos nesse filme, que para quem o assiste, resta apenas 7 dias de vida.


Resultado de imagem para O Chamado 3




A mesma atriz que faz a monstra executa o papel, sendo contorcionista, e para isso nada menos que 7 horas de maquiagem são necessários. O filme “O Chamado 3” restaura a estória do primeiro, e assim muda de um casal mais maduro e uma criança pequena, para o roteiro onde um casal adolescente entra nesse jogo, ou melhor, em uma experiência onde um professor tenta provar a imortalidade da alma, ou que a vida não acaba. Assim quem tira a cópia da fita e a repassa não mais sofre alucinações, e também delega a morte. Isso mostra uma mudança tecnológica, e nesse filme o que era uma fita VHS passa a ser vídeo em diversas plataformas, como celulares, e-mails, redes sociais, etc, que mostra a escravidão nossa as tecnologia e o monstro que podemos ter em nossas mãos. Vemos a protagonista igualmente corajosa, a comparação de outros filmes anteriores, e apenas faltou o pequeno menino, que sempre foi tema dos filmes. Contudo, mais informação sobre a vida de Samara foi colocada, e de sua família, e assim completa os filmes anteriores, com um padre estranho abusador entrando na história. No mais os sinais se repetem, e o que antes era foto, como rostos desfigurados, agora virou vídeo, e a Samara também aparece em celulares. Isso mostra que o monstro está em nossas mãos, e que a maldição sobrevive, já antiga, a qual começou na lenda urbana japonesa.

Resultado de imagem para O Chamado 3





Para mais os comentários que fiz ao primeiro são válidos, e envolve grande simbologia inconsciente e certa iniciação, como passagens, águas, poços etc, que mostram tanto eventos de nosso nascimento, como útero, líquido aminiótico, como da morte, referente ao túnel descrito por pessoas que quase-morreram em UTI, ou descreveram a morte e retornaram para nos falar. O filme tem boa luz, uma tonalidade verde de cores, e há bons sustos inesperados, haja vista as visões da protagonista. Desejamos também que alguns personagens sofram pelo mal que fizeram, ou por gerarem o monstro que estão sujeitos a enfrentar, e assim certas mortes tem o tom de justiça. O filme restaura uma boa história e tudo sugere que terá continuação, além de aproveitar muito do que já foi usado em filmes anteriores, como a necessidade jovem de conhecer coisas novas, mesmo que não pareçam tão boas. O jogo “baleia azul” lembra muito o chamado, e muita gente morreu por uma certa brincadeira. No filme o tema é parecido, e mesmo o antigo japonês já tratava de uma curiosidade perigosa. Por fim, melhor fosse que eu não tivesse visto a fita no videocassete, em 7 dias conto o que aconteceu...




IMAGENS DE












Comentários

Postagens mais visitadas